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segunda-feira, 17 de maio de 2010

Consumo sim. Consumismo não.


Com o surgimento do Capitalismo, no fim da Idade Média, o mundo foi adaptando-se às novas condições as quais o homem o submetia. Nem sempre este modelo de governo fora ruim, afinal ele é caracterizado pela propriedade privada dos meios de produção, mercados livres e trabalho assalariado; o que, na teoria, deveria ser bom, já que todos devem receber pelo trabalho que exercem. Mas, como nem tudo são rosas..
O capital transformou-se o centro de tudo. Não são mais importantes as florestas, animais e oceanos, o que vale é o dinheiro que estes recursos podem gerar. Deixamos de lado valores que realmente importam, e para quê? Para tornarmo-nos incansáveis consumistas. A globalização, ao meu ponto de vista, pode ser dita como a grande culpada de todo este consumo exacerbado. Ela, com toda a certeza, foi de grande valia, tendo em vista que nos conectou com todo o mundo, mas, ao mesmo tempo, ela misturou todas as culturas, fazendo com que os países perdessem sua identidade. No Brasil, são vendidos produtos de marcas internacionais, assim os produtos vindos da nossa terra perderam todo seu valor, já que não são feitos em países de primeiro mundo. Somos bombardeados por propagandas vindas de todos os lados, somos incitados a comprar coisas fúteis e inúteis. Querem transformar-nos em robôs, em bonequinhos manipuláveis que compram tudo aquilo que mandam comprar. Mas será que deixamos de ser quem somos apenas por adquirir aquilo que é usado por todos ou mostrado pela mídia? Isso depende muito. Existem pessoas e pessoas. Algumas influenciáveis, que compram para satisfazerem-se, para alimentar o ego e para ficarem iguais aos artistas da TV. Essas são as famosas consumistas; as que fazem o capital ser cada vez mais vangloriado e imprescindível em suas vidas. Entretanto, existem as que consomem com consciência. Compram por que gostam, vestem porque sentem-se bem. Independente do que veem na TV, nos outdoors ou nas bandas das quais são fãs. São o que são, e ponto. As pessoas deveriam olhar mais para o seu próprio nariz, pensar mais em tudo o que está ao seu redor, e ver que existem coisas muito mais importantes do que gastar o dinheiro que nem se tem em coisas que nem serão usadas. O consumismo mata o planeta, acaba com tudo o que é bom. Nem todos perceberam que o aquecimento global é causado pelo monstro do consumismo. As fábricas trabalham a todo vapor, cada vez mais. As florestas já estão ficando extintas, o lixo é cada vez mais abundante e o céu é cada vez mais cinza e poluído. Temos que parar de alimentar esse vício.

Consumo sim. Consumismo não.

3 comentários:

  1. apesar de consumo ser uma forma de consumismo, conseguiu por uma diferença entre os dois, como se um não dependesse do outro. o fato é que a futilidade das pessoas não deixa o consumismo acabar

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  2. Concordo com o que tu disse, consumo é uma necessidade, consumismo um vicio; "existem pessoas e pessoas" com certeza, apesar de todos nos enquadrarmos de alguma maneira no consumismo, pois não somos ilesos disso tudo, é quase como uma lavagem cerebral; mas isso não é tudo de um ser humano, existem outras caracteristicas que não dependem de consumo e consumismo, e assim nessa relação também se faz com o todo, somos um em um milhão, e a consciência é uma coisa importante. ter consciencia de que não somos unicos pois vivemos e convivemos, e ao mesmo tempo somos pois cada um de nós se difere do outro.

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  3. Vanessa, muito boa a forma como tu retrata que a globalização tem uma grande culpa por nos sermos consumista, de fato é preciso parar e pensar sobre os nossos conceitos, se o que mais vale é o bem pessoal ou o comunitário, ajudar ou não um mundo que esta aos poucos se acabando, onde os únicos culpados somos nos, que tentamos incansavelmente reverter o que nos mesmo fizemos. É triste, mas os mesmo tempo é bom ver que ainda existem pessoas que sabem que erraram e assim correm atrás para reverter a situação, mas talvez seja tarde demais, nos resta esperar ou mudar nosso modo de agir.

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